Paul Potts: O show do vendedor de celulares

O exemplo de alguém que mesmo diante das dificuldades não deixou de  sonhar

A história que eu vou contar aqui veio das terras da Rainha Elizabeth. Não é nenhum conto de fadas como nos pudemos ver a poucos dias atrás no casamento do príncipe William. Ela é a história de um sapo que virou príncipe. De um homem que aparentemente não tinha não para oferecer e mesmo assim encantou platéia e jurados num show de calouros. Trata-se de um verdadeiro diamante ainda não dilapidado

Paul Potts é, ou era, um vendedor de celulares. Um homem humilde de vida difícil que alimentava um sonho. Ele queria ser cantor de ópera. Mas para ser cantor, principalmente se você vai se apresentar na televisão, o modo como se expressa, como se vesti, o corpo, o semblante, enfim a aparência conta muito. Não só a aparência física, mas aquilo que você demonstra ser quando estão olhando para você.

Paul era um rapaz tímido, de olhar distante, dentição falha, figurino humilde, postura abatida, tudo aquilo que um artista não deveria ser. Mas Paul tinha um grande trunfo nas mangas, ele queria ser cantor e sabia que tinha nascido para isso. Mas como um homem com todos esses problemas poderia alimentar esse sonho? Com toda certeza alguém já deveria ter falado para ele desistir.

Que bom que ele não desistiu. Seguiu em frente com seu sonho e resolveu se apresentar em um show de calouros. Quando o Paul chegou, logo de cara os jurados já começaram a debochar do rapaz, achando que seria mais um daqueles malucos que sempre se inscrevem nesse tipo de programa sem ter a menor noção do que vai fazer. Quando perguntado sobre o que iria fazer Paul disse que ia cantar ópera, o segundo jurado chega a rir duvidando da capacidade de Paul, ele se atreveu a cantar Nessun Dorma (Ninguém Durma) de Giacomo Puccini. Reparem no espanto da platéia e na cara de um dos jurados, que a essas alturas já estava com uma caneta na boca demonstrando tédio, quando Paul inicia sua apresentação.

A letra da música  tem muito haver com Paul. Ela fala do tormento de uma pessoa que sofre durante a noite, mas que tem a certeza da vitória que chegará pela manhã.